TRABALHADORES CONTRA SINDICATO DOS METALÚRGICOS - O PROTESTO DOS DEMITIDOS DO ESTALEIRO

O proletariado e os trabalhadores em geral criaram os sindicatos mas estes, uma vez legalizados, mercantilizados e burocratizados, passaram a ter interesses próprios, aliados aos interesses de outras burocracias (partidária, governamentais, etc.). O acontecimento abaixo apenas demonstra isso, ou seja, como o Sindicato dos Metalúrgicos, ligado à CUT (braço sindical do PT - Partidos dos Trabalhadores, partido hoje no governo), ou seja, atrelada à burocracia partidária de tal partido e do governo, entra em confronto com os trabalhadores (vítimas de demissão, diante da situação nacional que tem como um dos principais responsáveis o governo petista de Dilma Roussef). Estes, espontaneamente, perceberam a função dos sindicatos, servirem aos capitalistas (patrões), Estado, partidos e a si mesmos (burocracia sindical). O confronto mostra que em períodos de desestabilização, a máscara de partidos e sindicatos cai e os trabalhadores são constrangidos a entrar em confronto com eles. Veja o vídeo e o texto abaixo:




Comentário de "Marx da Revolução", página do Facebook:

Imagens de trabalhadores do estaleiro no RJ entrando em conflito aberto com sindicalistas da CUT.
A emancipação dos trabalhadores deverá ser obra dos próprios trabalhadores!
Nem partidos, nem sindicatos! Pela autogestão social!


"E os sindicatos correspondem também ao Estado e respectiva burocracia pois, apesar da democracia que aí reina, os seus membros não são capazes de fazer valer a sua vontade contra a burocracia; qualquer rebelião, antes mesmo de poder abalar as cúpulas, destrói-se contra o aparelho artificial dos regulamentos e dos estatutos. Só por uma tenacidade obstinada uma oposião logra, por vezes, ao fim de anos, obter um sucesso modesto que se limita no máximo a uma mudança de pessoas. Foi por isso que nos últimos anos, tanto antes como depois da guerra, na Inglaterra, na Alemanha e na América tiveram lugar com frequência revoltas de sindicalizados que entraram em greve por sua própria iniciativa, contra a vontade dos chefes ou decisões das próprias ligas.
(...)


A revolução só pode vencer destruindo tal organização, transformando por assim dizer radicalmente a forma da organização, para construir qualquer coisa radicalmente nova: o sistema dos Conselhos. A sua instauração é capaz de extirpar e de eliminar não somente a burocracia estatal, mas também a dos sindicatos: não só formará órgãos políticos novos do proletariado em oposição ao parlamento, mas também as bases dos novos sindicatos. Nas lutas dos partidos na Alemanha, ironizou-se frequentemente a afirmação de que uma dada forma organizativa pode ser revolucionária, dizendo-se que isso dependia somente dos sentimentos revolucionários dos homens, das organizações. Mas se o conteúdo fundamental da revolução consiste no facto de as próprias massas tomarem nas suas mãos os seus próprios assuntos, a direcção da sociedade e da produção, então é contra revolucionária e nociva toda da forma de organização que não permita às massas dominar e governar por si mesmas; portanto deve ser substituída por uma outra forma que é revolucionária na medida em que permite aos trabalhadores decidir activamente por si mesmo sobre tudo." (A Força Contra-Revolucionária dos Sindicatos, Anton Pannekoek).


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